Foto: Unicef/Saiyna Bashir
Evento acontece quatro meses após início das inundações que afetaram um terço do país; desastre natural deixou mais de mil mortos e impactou 33 milhões de pessoas; crianças sob risco de infecções respiratórias devido a águas contaminadas e estagnadas.
Centenas de pessoas se reúnem nesta segunda-feira, em Genebra, na Conferência Internacional sobre o Paquistão Resiliente ao Clima.
Participam o secretário-geral António Guterres, parceiros de cooperação, representantes de Estados-membros, instituições financeiras, entidades do setor privado e agências humanitárias.
Mais de 33 milhões de vítimas
O evento pretende mobilizar a doação de auxílio essencial urgente e garantir fundos para salvar vidas.
As chuvas iniciadas em agosto passado deixaram um terço das terras do país inundadas e mais de mil mortos. Mais de 33 milhões de vítimas sofreram com os temporais que começaram em junho.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, revelou que cerca de 4 milhões de crianças ainda vivem perto de águas contaminadas e estagnadas mais de quatro meses após a declaração do estado de emergência.
A situação que coloca em risco a sobrevivência e o bem-estar infantil é acelerada por infecções respiratórias agudas, uma das principais causas de mortalidade infantil no mundo. Os casos de doença dispararam em áreas atingidas pelas inundações.
Necessidades imediatas e de longo prazo
Em locais monitorados pelo Unicef, o número de casos de crianças com desnutrição aguda grave quase dobrou entre julho e dezembro, em relação a 2021. Estima-se que 1,5 milhão de menores ainda precisam de apoio nutricional.
A agência da ONU fez um apelo aos países para que priorizem as necessidades imediatas e de longo prazo por meio da “prestação de assistência baseada em princípios, de forma sustentada e flexível.”
A base da resposta internacional devem ser as necessidades locais, permitindo uma resposta e recuperação que acompanhe o retorno das pessoas aos lares, enquanto são reforçados as infraestruturas e os serviços resilientes ao clima.
De acordo com a agência, os menores necessitados carecem de serviços de saúde, nutrição, aprendizado, proteção, higiene e saneamento.