Com programação abrangente, encontro promoveu debate sobre importância do solo como fator de produção e dos desafios da produção sustentável
Cerca de 150 pessoas prestigiaram o Seminário Comemorativo do Dia Nacional da Conservação do Solo, que aconteceu na última quarta-feira (12/04), no Auditório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, em Brasília. Organizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o apoio da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (FEBRAPDP), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-DF), o encontro promoveu um relevante debate acerca da importância do solo como fator de produção e dos desafios da produção sustentável.
Com um público formado por produtores, extensionistas rurais, pesquisadores agrícolas, estudantes, ambientalistas e profissionais de áreas afins, o evento contou com a participação de Alan Bojanic, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), no Brasil. Durante a abertura, Bojanic reconheceu os avanços nacionais na área de manejo de solo como referência mundial, mas ressaltou a importância de se empregar esforços para a construção de indicadores que mostrem a redução da degradação do solo nos próximos cinco anos.
A programação abordou ainda diversos assuntos pertinentes ao tema, como o tráfego controlado em fazendas para melhorar os atributos do solo e a produtividade das culturas, com o pesquisador Kleberson Souza, da Embrapa Cerrados; Conservação de solo como engenharia social no meio rural e urbano, com o professor Eyiti Kato, da Universidade de Brasília (UNB); Manejo da matéria orgânica e sua relevância para a conservação do solo, com o professor e pesquisador da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), João Carlos Moraes Sá; Manejo de plantas de cobertura, com o agricultor Milton Zancanaro, que mostrou as práticas de conservação aplicadas em sua propriedade. E o encerramento ficou a cargo do presidente da FEBRAPDP, Alfonso Sleutjes, que mostrou a evolução do Sistema Plantio Direto no Paraná e seus impactos no meio ambiente, com a visível redução da erosão em diversos casos. "O Sistema Plantio Direto no Brasil foi desenvolvido, a princípio, pelos agricultores pioneiros para controlar a erosão. Hoje, o Brasil é considerado um exemplo para o mundo, com mais de 30 milhões de hectares de área em Sistema Plantio Direto que tem rentabilidade, conserva o solo e respeita a natureza.", explica ele.