Data: 11 a 15 de outubro de 2022 - Tomar - Campus do Instituto Politécnico de Tomar
O XXIII Encontro da REALP foi suscitado durante as reuniões do Conselho de Representantes e do Conselho Superior em Cabo Verde, durante o XXII Encontro. Nessa ocasião foi considerado que, embora a periodicidade desejável seja bianual, existiam motivos que justificavam um encontro no ano de 2022, nomeadamente:
- As mudanças no funcionamento da Rede, face à previsível expansão de mais cursos de mestrado e doutoramento em consórcio, que exigem modelos de funcionamento distintos dos que funcionaram até agora;
- A expansão da Rede para outras dimensões de parceria, de que é exemplo o consórcio AMIGO;
- A necessidade de uma discussão aprofundada sobre a escala de ambição da REALP, designadamente no que diz respeito à produção de ciência em língua portuguesa e a consolidação de projetos científicos no âmbito da REALP;
- A necessidade de assegurar regras de funcionamento mais estáveis (por exemplo, que permitam a validação do serviço docente no seu contexto em moldes compatíveis com as regras que regem as IES dos diversos países envolvidos) sem perder o núcleo central que explica o sucesso da Rede: a informalidade, a flexibilidade e a coesão humanista de grupo.
- O XXIII Encontro da REALP acolhe a submissão de resumos de propostas de comunicação e poster. Das comunicações e posters aceites serão acolhidos textos finais, sob a forma de artigos, que serão publicados em volume de atas, sujeitos a revisão por pares.
Inicialmente denominada Rede Luso Brasileira de Estudos Ambientais – RLBEA, a Rede foi criada em 1997 com o objetivo global de promover a cooperação científica na área do ambiente e do desenvolvimento sustentável entre Portugal e o Brasil, e com um objetivo específico de implementar um curso de Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais em ambos os países. Nesse sentido foi estabelecido um protocolo entre diferentes instituições governamentais e universitárias. Pelo lado português assinaram o protocolo, a Universidades de Aveiro (UA), a Universidade de Évora (UE), a Universidade dos Açores, a Universidade Nova de Lisboa, o Ministério do Ambiente e a Junta Nacional de Investigação Científico e Tecnológico, atual FCT (órgão com vinculo ao Ministério da Educação e Ciência); pelo lado brasileiro assinaram o protocolo, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade do Amazonas (UFPe), a Universidade Federa de Santa Catarina (UFSC), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPe), o Ministério do Meio Ambiente, o CNPq e a CAPES.
Dando cumprimento aos objetivos estruturais definidos na sua génese, em 2004 a RLBEA expandiu as suas atividades para a África lusófona e, incorporando nas suas atividades, a Universidades Eduardo Mondlane de Moçambique e a Universidade de Cabo Verde; mais tarde, em 2009, e a Universidade Agostinho Neto de Angola. Em 2011, durante o XIV Encontro anual da Rede, realizado em Recife, o Conselho Superior, no âmbito de suas atribuições protocolares, oficializou como membros efetivos, a Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), a Universidade Agostinho Neto (Angola), a Universidade de Cabo Verde e também a Universidade de Lisboa (Portugal). Nessa mesma Reunião, com a adesão dos novos membros, foi decidido alterar o nome da Rede para “Rede de Estudos Ambientais dos Países de Língua Portuguesa - REALP”.