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A partir de meados da década de 2000, a província de Tete passou a constituir um centro de atracção do grande investimento internacional, com particular impacto ao nível da indústria extractiva. De acordo com as informações disponibilizadas pela Direcção Provincial dos Recursos Minerais, o auge da prospecção e pesquisa aconteceu nos anos de 2009 e 2010, sobretudo ao nível do carvão, zinco, platina, ouro e metais básicos. Em 2011 a mineradora Vale iniciou o processo de extracção de carvão, em 2012 começou a Rio Tinto e, em 2013, a empresa Jindal. Ainda que bastante concentrado nos distritos de Tete e Moatize, mas também Changara e Mutarara, o volume de investimento na província atingiu o valor mais elevado no ano de 2011 (ver gráfico 1), sobretudo na área de mineração, mas também noutros sectores como a construção, hotelaria e restauração. É neste contexto de euforia económica que, na comunicação social e nos meios académicos, se começou a prestar atenção ao que ficou designado de El Dourado de Tete (Mosca e Selemane, 2011).