Seca na América Central gera perdas e ameaça segurança alimentar de 2 milhões de pessoas | Land Portal
A seca recente levou à perda de cerca de 280 mil hectares de feijão e milho em Guatemala, El Salvador e Honduras, afetando potencialmente a situação alimentar e nutricional de mais de 2 milhões de pessoas, alertaram duas agências das Nações Unidas nesta sexta-feira (24).


 


A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) estão preocupados com o fato de que os meses de junho e julho registraram menos chuvas que o esperado e clima mais seco que a média, o que afetou a primeira e principal safra na América Central, conhecida como “primera”.


 


“Quando as comunidades rurais estavam se recuperando da seca de 2014 e do fenômeno El Niño de 2015 — o mais forte registrado na história recente — uma nova seca está afetando novamente os mais vulneráveis”, disse Miguel Barreto, diretor regional do PMA para a América e o Caribe.


 


O milho e o feijão, principais alimentos da região, têm sido as culturas mais afetadas pela seca, segundo os governos de Guatemala, El Salvador e Honduras, que registraram perdas de 281 mil hectares dessas lavouras, base para a alimentação e segurança nutricional de grande parte de suas populações.


 


Essas perdas aumentarão o custo desses alimentos para toda a população.


 


As agências da ONU advertem que isso pode ser agravado pela possível chegada do El Niño até o fim do ano, o que poderia piorar a já precária situação de segurança alimentar e nutricional das comunidades rurais vulneráveis ​​na região.


 


“A perda total ou parcial das plantações significa que os agricultores e suas famílias não terão alimentos suficientes para comer ou vender nos próximos meses”, disse o comunicado conjunto.


 


O governo hondurenho declarou emergência neste mês, enquanto o governo de El Salvador fez um alerta vermelho em julho.


 


O segundo ciclo da safra — conhecido como “postrera” — que normalmente compensa as deficiências da primeira colheita, ocorre em novembro, mas as agências da ONU alertaram que “mesmo que o El Niño seja fraco, ele terá um impacto significativo no resultado da segunda safra”.


 


“Com o apoio da comunidade internacional, trabalhamos em conjunto com governos e comunidades rurais para ajudá-los a se tornar mais resilientes a variações climáticas extremas, mas precisamos redobrar nossos esforços e alcançar mais comunidades rurais”, explicou Miguel Barreto, do PMA.


 


Depois do que aconteceu em 2014 e 2015, as organizações humanitárias prestaram assistência alimentar a milhares de pessoas em comunidades vulneráveis ​​na região, para melhorar a segurança alimentar e fortalecer a resiliência no nível familiar, comunitário e institucional. Essas atividades incluíam a conservação do solo e da água, melhores práticas agrícolas e treinamento para lidar com desastres naturais, bem como o fortalecimento dos sistemas de monitoramento da segurança alimentar e nutricional.


 


“É urgente melhorar a resiliência climática dos habitantes da América Central”, disse o representante regional da FAO, Julio Berdegué. “Estamos particularmente preocupados com o efeito dessa nova seca sobre a migração, em um contexto internacional que restringe o movimento de milhares de pessoas que, em suas localidades, terão grande dificuldade em garantir o sustento de suas famílias”, acrescentou.


 


Para mitigar os riscos este ano, a FAO e o PMA, em estreita colaboração com governos e parceiros, planejam monitorar de perto o impacto da seca sobre o preço dos alimentos básicos; desenvolver análises sobre a segurança alimentar e nutricional dos mais vulneráveis; trabalhar em acordos para permitir a migração temporária segura, regulada e ordenada de pessoas das comunidades rurais mais afetadas pela seca; e mobilizar recursos para dimensionar sistemas de coleta e armazenamento de águas pluviais e reduzir o impacto de secas futuras.

 Copyright © Fuente (mencionado anteriormente). Todos los derechos reservados. El Land Portal distribuye materiales sin el permiso del propietario de los derechos de autor basado en la doctrina del "uso justo" de los derechos de autor, lo que significa que publicamos artículos de noticias con fines informativos y no comerciales. Si usted es el propietario del artículo o informe y desea que se elimine, contáctenos a hello@landportal.info y eliminaremos la publicación de inmediato.



Varias noticias relacionadas con la gobernanza de la tierra se publican en el Land Portal cada día por los usuarios del Land Portal, de diversas fuentes, como organizaciones de noticias y otras instituciones e individuos, que representan una diversidad de posiciones en cada tema. El derecho de autor reside en la fuente del artículo; La Fundación Land Portal no tiene el derecho legal de editar o corregir el artículo, y la Fundación tampoco espalda sus contenidos. Para hacer correcciones o pedir permiso para volver a publicar u otro uso autorizado de este material, por favor comuníquese con el propietario de los derechos de autor.

Comparta esta página