Guimarães, J., Amaral, P., Pinto, A. & Gomes, I. Preços de Produtos da Floresta: uma década de pesquisa e divulgação (p. 52). Belém: Imazon, 2019
Os Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNMs) exercem um papel importante na subsistência e na geração de renda para milhões de famílias que vivem e dependem das florestas em países em desenvolvimento. De acordo com a FAO (2014), cerca de 80% da população desses países usam esses produtos, seja como alimento, remédio, cosmético ou na confecção de utensílios e abrigo. Todavia, os PFNMs têm baixa representatividade na economia formal. Em 2017, o Brasil gerou uma renda de R$ 1,5 bilhão ou US$ 490 milhões[1] na comercialização de PFNMs, porém esse valor representou apenas 0,02% do PIB brasileiro (IBGE, 2018a; 2017b).
Autores y editores
Author(s), editor(s), contributor(s):
Jayne Guimarães
Publisher(s):
Imazon (Imazon)
No final dos anos 1980, as imagens de destruição da Amazônia começavam a ganhar destaque na imprensa nacional e mundial. O desmatamento acelerado, as queimadas, a exploração predatória de madeira e a proliferação dos garimpos de ouro exerciam grande pressão ambiental e social sobre a região. Nessa época, o ecólogo norte-americano Christopher Uhl, então pesquisador visitante da Embrapa, realizava pesquisas sobre as áreas degradadas no leste do Pará e preocupava-se com o pouco entendimento e a escassa documentação dessas transformações na paisagem Amazônica.