Resumo: O presente artigo tem como objetivo abordar alguns dos aspectos acerca da demarcação de terras indígenas no Brasil, em especial, o entendimento e aplicação do denominado “marco temporal” pelos tribunais, como condicionante para determinar a tradicionalidade, ou não, destas terras. Da mesma forma, serão analisados os possíveis avanços dos direitos indigenistas após a promulgação da Constituição Federal brasileira de 1988.

Throughout the world, demands on finite soil resources are ever increasing, and can lead to irreversible soil degradation, as the soil is used beyond its “bio-capacity”. A quarter of the inhabitated land area has already been affected by human-induced soil degradation. Against this background, soil remediaton is becoming more and more important. Focusing on the rehabilitation of oil-contaminated soil in Kuwait, the following article shows how it works, and where the problems lie

Rangelands cover 30 per cent of the global land surface. They support a considerable share of the global ruminant value chains, are habitat for a high plant and animal diversity and have various ecological, economic and social functions. But rangelands are currently under pressure from global change processes. A focus on humananimal- environment interactions is necessary to avoid resource overexploitation and degradation.

Esta é a sétima edição da série “Desafios para Moçambique” do IESE, iniciada em 2010, com o objectivo de contribuir para a análise e debate público de desafios económicos, sociais e polí- ticos considerados relevantes. O livro contém 14 artigos, organizados em quatro partes: Política, Economia, Sociedade e Moçambique no Mundo. À semelhança da terceira edição (2012), na preparação da presente edição os coordenadores consideraram pertinente convidar os autores a relacionarem os seus artigos com uma temática principal.

Tanzania is endowed with numerous resources including livestock. It is number three country in Africa in terms of livestock population after Ethiopia and Sudan. Currently, the country (Tanzania) has more than 22 million livestock, of which at least 95% are indigenous animals kept under traditional livelihood model known as indigenous pastoralism. At least 70% of Tanzanians earn their living through agro-pastoralism whereby around 40% of them entirely practices indigenous pastoralism.

The primary aim of this study is to investigate the size of the range lost to other forms of land uses. This will support the argument that it is time to reconsider the pastoralists sector as a legitimate mode of production in the country which, like other sectors, deserve due priority.

Nas últimas duas décadas, a economia de Moçambique tem crescido a taxas relativamente elevadas, a uma média anual superior a 7%, quase duas vezes mais depressa do que a média para a África Sub-Sahariana, e continuou a crescer rapidamente mesmo com a crise económica internacional prolongada que tem afectado as economias mais desenvolvidas na última década. Além disso, tornou-se numa das três economias africanas que mais investimento directo estrangeiro (IDE) e empréstimos comerciais do sistema financeiro internacional recebe.

In this article, we argue that research on land reform in the nation of Zimbabwe has overlooked possibilities of integrating geospatial methods into analyses and, at the same time, geographers have not adequately developed techniques for this application. Scholars have generally been captured within the debate focused on the success or failure of the Zimbabwean land reform program, and have neglected to analyze what has occurred where during the process of “fast-track land reform”.

Landscape changes and the processes driving them have been a critical component in both research and management efforts of savanna systems. These dynamics impact human populations, wildlife, carbon storage, and general spatio-temporal dynamism in response to both anthropomorphic and climatic shifts. Both biophysical and human agents of change can be identified by isolating their respective spatial, temporal, and organizational contingencies.

Este artigo junta-se aos esforços de muitos outros africanos, entendendo-se por pobreza não só os níveis de rendimento por dia por pessoa, mas também a pobreza como ausência de poder nas relações intra-familiares, entre estas e os demais actores e entre a sociedade no seu todo e os recursos naturais de que se dispõe no Continente Africano.

Quando do Ministério da Planificação e Desenvolvimento veio a solicitação para que apresentasse uma palestra sobre os desafios do desenvolvimento rural, foi-me dito que deveria usar uma abordagem que provocasse a reflexão e a discussão crítica. Evidentemente, sem que eu próprio reflectisse criticamente sobre os desafios do desenvolvimento rural estaria incapaz de ajudar quem quer que fosse a fazer o mesmo. Lancei-me, então, na tarefa de construir um quadro analítico provocador e crítico que servisse para construir esta conversa. É este raciocínio que aqui pretendo apresentar.

Moçambique é um país repleto de instrumentos – políticas, estratégias, pacotes legislativos – para o desenvolvimento. O combate à pobreza, a desigualdade de género, o desenvolvimento rural, entre outros, são temas tratados nesse leque de instrumentos orientadores. Este trabalho tem como objectivo discutir a integração da mulher camponesa no processo de desenvolvimento rural, tendo em consideração as constantes preocupações com a equidade de género.