Segundo assassinato na mesma semana no território mayangna sauni as na reserva da biosfera de Bosawás.
Serato Juwith Charly, de 23 anos, foi sequestrado e morto em 5 de julho de 2023 enquanto trabalhava em uma área de terra perto da comunidade de Kauhmakwas. Ele estava com outros dois indígenas. Os que escaparam pularam no rio. Os sobreviventes revelaram que foram atacados pelo grupo armado chamado "Chabelo", que também foi responsabilizado pelo ataque que deixou vários mortos e incendiou a comunidade de Alal em 2020.
Envenenamento e despejos no Paraguai movidos pela indústria de carne da Europa
Foto: Bhupesh Talwar/unsplash
Este artigo foi escrito por Maximiliano Manzoni para a publicação paraguaia El Surtidor, e é republicado como um trecho na Global Voices sob um acordo de mídia.
Sem rever o passado escravocrata, não haverá justiça climática no Brasil
Cada vez mais o racismo ambiental entra na agenda socioambiental das empresas que buscam como adotar o ESG (sigla em inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa), e também na cobertura da imprensa sobre a emergência climática. Numa semana em que temos as reflexões do Dia da Amazônia e do Bicentenário da Proclamação da Independência do Brasil é preciso enxergar como a questão tem a ver com essas duas efemérides. A forma como a sociedade e as instituições brasileiras se relacionam com a floresta e com os demais territórios é reflexo de seu passado colonial e escravista.
ATAQUE DE COLONOS QUEIMA WILU E DEIXA PELO MENOS 7 PESSOAS INDÍGENAS MORTAS
CALPI recebeu informações de que a comunidade de Wilú foi atacada por colonos em 11 de março de 2023 e que em 10 de março três membros da comunidade Mayangna e duas crianças membros do povo indígena Mískitu foram sequestrados. Os agora sequestrados estavam a caminho da comunidade de Musawás em direção à comunidade de Betlehem no território Mayangna Sauni As, na Reserva da Biosfera de Bosawás, da Região Autônoma da Costa Norte do Caribe da Nicarágua.
A importância de entender o “lugar de fala” na Justiça Climática
Foto: Annie Spratt/Unsplash
A expressão “lugar de fala” é usualmente ouvida nos debates de temas relacionados às populações consideradas minorias. Para entender o Racismo Ambiental – e outras questões que envolvem de forma transversal a Justiça Climática – é preciso que a própria expressão seja também entendida. Mas, afinal, o que é “lugar de fala”? Em um primeiro olhar, a definição pode ser sinônimo de “ponto de vista”.
Violência em território Mayangna
Três anos após o ataque à comunidade de Alal, no território de Mayangna Sauni As, no setor de Kahkah, em 18 de janeiro de 2023, colonos armados que estavam ilegalmente e sem a autorização das comunidades proprietárias destas terras, sequestraram um guarda florestal comunitário (por razões de segurança reservamos seu nome), que estava realizando trabalhos de colheita agrícola.
Indigenous Forests Are Some of the Amazon’s Last Carbon Sinks
Forests around the world play a major role in curbing or contributing to climate change. Standing, healthy forests sequester more atmospheric carbon than they emit and act as a carbon sink; degraded and deforested areas release stored carbon and are a carbon source.
Sem luta pela terra não se pode existir
Foto: Edgar Kanaykõ, A luta pelo território é mãe de todas as lutas, 2017. Cortesia do artista
Lucia Ixchiu: «Sou uma mulher «k’iche» e venho de um povo de luta».
Devido a sua localização estratégica no mapa político do mundo, a história social do istmo centro-americano tem sido impactada por uma série de interferências de potências do Norte Global, seja na busca de uma rota interoceânica através do istmo, seja como territórios que fizeram parte do projeto de expansão dos EUA. A América Central foi abalada por uma série de chamadas guerras civis que fizeram parte do conflito indireto – ou Guerra Fria – entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Terra Indígena Apyterewa – o que podemos aprender com este caso?
Homologada desde 2007, a Terra Indígena (TI) Apyterewa, onde se encontra o povo Parakanã, nos municípios de São Felix do Xingu-PA e Altamira-PA é uma das TIs mais ameaçadas do Brasil. Mesmo com sua regularização, são recorrentes os casos de desmatamento ilegal e de invasores loteando e vendendo terras dentro dos seus limites.