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Este texto apresenta algumas ideias relacionadas com os processos de (re)construção das identidades familiares, suscitadas no decorrer de uma investigação sobre estratégias de sobrevivência e reprodução social de famílias da periferia de Maputo. Introduzindo o texto com uma caracterização geral das estratégias mencionadas, de modo a fundamentar a importância da compreensão da dimensão identitária na sua análise, a autora analisa alguns dos processos simbólicos através dos quais se reconstroem e se perpetuam as identidades familiares no universo de estudo. Concretamente fala-se do culto dos antepassados, da atribuição de nomes próprios e das relações com a “terra de origem”. Salientam-se as ambiguidades patentes nos discursos, práticas e comportamentos dos actores sociais num contexto onde se articulam lógicas diversas e interesses contraditórios.