Resumo
A história, a economia, a lógica e a filosofia da empresa colonial continuam presentes no capitalismo do século XXI, esmagando as comunidades rurais. O poder de decisão está apenas nas mãos do capital transnacional, que se considera o portador do espírito do desenvolvimento global, diante do qual nada é e nada pode ter vida. Impõe a decisão radical de fazer seus megaprojetos e organiza o território como seu. É preciso substituir este destino manifesto do ser excludente e hegemônico pelo reconhecimento do Outro como diferente e fazer justiça aos até agora esmagados, com um regime que defenda seus direitos e com alternativas econômicas que os incluam.
O seminário centra-se no caso da Colômbia, mas com as suas ligações com a situação em Brasil e em outros países das Américas.
Nota biográfica
Héctor Hernán Mondragón Báez - Curador integrante do Observatorio dos Direitos Humanos integrado ao Centro de Estudos de História da América Latina (CEHAL - PUC-SP), desde maio de 2017. Foi Oak fellowship 2000 de Direitos Humanos do Colby College de Maine, Estados Unidos. Professor entre agosto de 2010 e junho de 2017 da Coordenadora Geral de Especialização Aperfeiçoamento y Extensão, na Pontifícia Universidade Católica PUC em São Paulo, nos cursos “América Latina: Problemas Históricos e Perspectivas do Presente”, “Ditaduras e Revoluções na América Latina” e “História dos movimentos sociais da América Latina: novas abordagens”. Atualmente é curador no Observatório dos Direitos Humanos, do Centro de Estudos de História da América Latina PUC, São Paulo. Em 2011 e 2012 foi consultor do Instituto Latino-americano para uma Sociedade e um Direito Alternativos ILSA, de Bogotá; em 2007-2008 do Centro de Cooperação ao Indígena CECOIN. Entre 2008 e 2011 foi coordenador do Grupo de Agricultura e Comércio da Aliança Social Continental ASC. Foi consultor da OIT e UNFPA para as migrações de trabalhadores; do PNUD e da OEA sobre povos indígenas; da OIM sobre decretos para deslocados pela violência; do IICA sobre economia camponesa; e do Banco Mundial sobre a Reserva Campesina.
É autor de numerosos artigos e dos livros "Los Ciclos económicos en el capitalismo: «Crisis ¿por qué y hasta cuándo?» (2009); "La estrategia del imperio" (2007, em português "A Estratégia do Império" 2009) e “Otra vez el socialismo” (1997). Também, é coautor, de "Desarrollo y equidad con campesinos" (1998) e “Economía campesina, soberanía y seguridad alimentaria en Bogotá y la región central” (2011). Redigiu a Cartilla del Trabajador del Campo (1997, e as cartilhas Crisis Económica (2009) e Megaproyectos (2010), da ASC.
Atividade no âmbito do ECOSOL-CES