Jovens contra o aquecimento global e a favor da justiça climática
Foto: Doug Greenberg/Flickr (CC BY-NC 2.0)
Sim, nós vamos agora conversar sobre utopias.
Acho melhor começar logo por onde a coisa costuma terminar, assim ganhamos tempo pra gastar com o que seja mais importante.
Essa pecha, esse rótulo, esse carimbo bem grande escrito utopia, geralmente utilizado para marcar um pensamento como desqualificado, pouco prático e não realizável, quase sempre surge na boca de alguém quando insisto em dizer que podemos e merecemos muito mais do que o menos pior.
Na semana passada foi lançado em evento no Estadão [1], o documento 100 primeiros dias de governo: propostas para uma agenda integrada das Amazônia, elaborado há muitas mãos, sob a coordenação do movimento “Uma Concertação pela Amazônia” [2]. Uma proposta voltada ao bioma que ocupa quase 60% do território nacional, e que traz ao Brasil a oportunidade de propor e exercitar um modelo inovador de desenvolvimento que o mundo todo busca.
Na floresta dos Três Rios no norte do Benin, o início da estação agrícola é um cenário frequente de conflitos entre as comunidades locais e as autoridades florestais.
É neste momento que são feitas exigências de taxas florestais dando permissão aos residentes para cultivar os campos ou pastar seu gado. No entanto, é exatamente neste momento que os(as) agricultores(as) experimentam um aperto financeiro na preparação de suas terras e na obtenção de insumos para iniciar a nova estação.
Esta história de dados investiga os desafios para alinhar ações sobre a degradação da terra e a segurança da posse com base na seleção dos conjuntos de dados disponíveis em ambos os domínios.
O Brasil é o 6o maior produtor de grãos de cacau do mundo, com uma produção estimada de 210.000 toneladas para 2021/22. Em comparação, o maior produtor é a Costa do Marfim (2.200.000 toneladas), seguido por Gana (822.000 toneladas).
O Pará tem a maior produtividade por hectare: o rendimento médio é de 948 quilos por hectare, enquanto a média nacional é de 469 quilos por hectare. Medicilândia-PA é o maior produtor de cacau do estado, seguido pelos municípios de Uruará, Anapu, Brasil Novo, Placas, Altamira e Vitória do Xingu.
A primeira rodada de entrevistas com os candidatos à presidência da República revelou que obviedades devem ser esclarecidas, sob o risco de cairmos em um buraco negro, no qual todas as verdades são relativizadas. Na última quinta-feira, dia 25 de agosto de 2022, em entrevista ao Jornal Nacional, o candidato à presidência, Luís Inácio Lula da Silva afirmou que suas propostas de política em defesa da Amazônia, do Pantanal e da Mata Atlântica faz com que o agronegócio seja contra ele nas eleições de 2022.
Homologada desde 2007, a Terra Indígena (TI) Apyterewa, onde se encontra o povo Parakanã, nos municípios de São Felix do Xingu-PA e Altamira-PA é uma das TIs mais ameaçadas do Brasil. Mesmo com sua regularização, são recorrentes os casos de desmatamento ilegal e de invasores loteando e vendendo terras dentro dos seus limites.
No último mês de julho, o MapBiomas [1], uma rede criada a partir de trabalhos conjuntos entre ONGs (Organizações não Governamentais), universidades, startups de tecnologia, publicou o relatório RAD 2021 - Relatório Anual do Desmatamento no Brasil [2], cujo objetivo é analisar os alertas de desmatamento detectados no ano de 2021. A iniciativa visa contribuir para o fim do desmatamento no Brasil por meio de um sistema de validação e geração de laudos de alertas de desmatamento em todo o país.
Os representantes políticos brasileiros nesta atual gestão foram responsáveis por diversos Projetos de Lei (PL), pelo legislativo, e Medidas Provisórias (MP), pelo executivo, que foram taxadas de criminosas por favorecerem a degradação ambiental e comprometerem a construção de uma agenda de desenvolvimento sustentável. Entre o PL do Veneno [1], do Marco Temporal Indígena [2], ou a MP da Grilagem [3], foram várias tentativas de flexibilizar a legislação brasileira em favor da expansão do agronegócio e em detrimento das florestas nacionais.
Por José Eustáquio Diniz Alves
Doutor em demografia
Angola está entre os 10 países com maior perda anual líquida de floresta (diferença entre floresta criada e destruída) entre 2010 e 2020, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.