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A Floresta Amazônica possui importância indispensável para o equilíbrio terrestre, pois proporciona diversos serviços ambientais. O desmatamento é uma ameaça imediata a este ecossistema, pois afeta os níveis de evapotranspiração da floresta, tornando o clima local mais quente e seco; podendo influenciar no clima além de seus limites, devido à circulação atmosférica. Este estudo avalia os efeitos de longo prazo do desmatamento progressivo da Amazônia sobre a precipitação no Brasil, através do modelo CCM3-IBIS. Os resultados encontrados mostraram anomalias negativas com maior intensidade nos meses de setembro, outubro e novembro afetando o regime de chuvas em grande parte das Regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. Já as anomalias anuais mostraram a influência da localização da floresta sobre as áreas que tiveram os índices pluviométricos reduzidos, em praticamente toda a Região Norte, leste da Região Nordeste e norte da Região Centro-Oeste. Além disso, os resultados de anomalias negativas anuais demonstraram que o impacto do desmatamento não é linear, pois no cenário de desmatamento total foram observadas anomalias negativas menos intensas que no cenário onde 60% da floresta foi transformada em pastagem. Em contrapartida, nas Regiões Sudeste e Sul prevaleceram as anomalias positivas de precipitação.