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Este artigo tem como objetivo geral debater as críticas lançadas pelo filósofo e turismólogo brasileiro Panosso Netto aos estudos no turismo, em grande parte, de caráter funcionalista e superficial. Com efeito, o estudioso e crítico do fenômeno rejeita tanto as interpretações que traduzem o turismo a uma perspectiva objetivada, quanto as explicações que o consideram exclusivamente em sua subjetividade. Em função da sua reconhecida influência na discussão teórica do turismo no cenário brasileiro, faz-se necessário um debate com esse autor que propõe análises alicerçadas em disciplinas fundantes do conhecimento humano – principalmente a filosofia e história - essenciais para a reflexão em torno dos fenômenos emergentes na sociedade contemporânea. Enfrentar-se-á suas propostas a fim de capturar as contribuições e os limites. O procedimento seguido é uma revisão teórica tanto da grande área das ciências sociais, que atua em âmbito critico, quanto das diversas obras do autor e das suas principais ideias a respeito de uma perspectiva denominada por crítica. Estabelecer-se-á uma ponte entre o filósofo Panosso Neto e os autores que atuam com a perspectiva crítica. Considera-se que o autor em questão sinaliza mudanças nos estudos em turismo e apregoa a superação de um paradigma hegemônico, oferecendo, inclusive, por sua influência no campo, a oportunidade de trazer para o centro do debate dos estudos em turismo discussões que se mantiveram na periferia da disciplina