Com este artigo propõe-se numa das múltiplas arestas dessa clivagem (homem/mulher, civilização/natureza), a saber, a maneira em que os discursos e representações produzidos pela lógica moderna/patriarcal/capitalista são reproduzidos na cotidianidade das práticas agroalimentares numa região do sul global, a estética associada a essa ordem e sua relação com o papel da mulher na divisão do trabalho agrícola. Nesse contexto, identifica-se a Revolução Verde como um instrumento crucial na construção do discurso desenvolvimentista que erigiu a modernização tecnológica como paradigma da produção alimentar, desviando a atenção da dimensão política da questão agrária e desconsiderando as particularidades sociais, culturais e ecossistêmicas.
Deste modo, propõe-se a abordagem do problema a partir da visualidade, devido à importância da dimensão ótica e estética na institucionalização de uma representação dicotômica da realidade agroalimentar nos países do denominado terceiro mundo, na qual a agricultura camponesa e a alimentação tradicional são sinônimos de atraso e pobreza, enquanto as tecnologias da Revolução Verde se consagram como promessa de prosperidade e progresso. Esta mudança na percepção e na forma de se cultivar os alimentos teve repercussões profundas, entre as quais se destacam a perda do histórico protagonismo da mulher na agricultura e o empobrecimento da dieta pela homogeneização das variedades comercializadas.
Authors and Publishers
Diana Peña
El Instituto para el Desarrollo Rural de Sudamérica (IPDRS) es una iniciativa de la sociedad civil que nació en el año 2009 para promover enlaces, sinergias y acciones de desarrollo rural de base campesina indígena en la región sudamericana.
El IPDRS ejecuta proyectos, realiza consultorías y evaluaciones y gestiona servicios de fortalecimiento de capacidades de desarrollo rural en Sudamérica a través de las líneas de: INVESTIGACIÓN-ACCIÓN, COMUNICACIÓN PARA EL DESARROLLO e INTERAPRENDIZAJE.
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El Instituto para el Desarrollo Rural de Sudamérica (IPDRS) es una iniciativa de la sociedad civil que nació en el año 2009 para promover enlaces, sinergias y acciones de desarrollo rural de base campesina indígena en la región sudamericana.
El IPDRS ejecuta proyectos, realiza consultorías y evaluaciones y gestiona servicios de fortalecimiento de capacidades de desarrollo rural en Sudamérica a través de las líneas de: INVESTIGACIÓN-ACCIÓN, COMUNICACIÓN PARA EL DESARROLLO e INTERAPRENDIZAJE.